Eu, sabendo que te amo,
e como as coisas do amor são difíceis,
preparo em silêncio a mesa do jogo,
estendo as peças sobre o tabuleiro,
disponho os lugares
necessários para que tudo comece:
as cadeiras
uma em frente da outra,
embora saiba
que as mãos não se podem tocar,
e que para além das dificuldades,
hesitações, recuos
ou avanços possíveis,
só os olhos transportam, talvez,
uma hipótese de entendimento.
É então que chegas,
e como se um vento do norte
entrasse por uma janela aberta,
o jogo inteiro voa pelos ares,
o frio enche-te os olhos de lágrimas,
e empurras-me para dentro, onde
o fogo consome o que resta
do nosso quebra-cabeças.
Nuno Júdice
Bom dia Milhita. Na divulgação do meu blog vou descobrindo pelo caminho outros igualmente interessantes. Já vi que aqui é para continuar. Parabéns pelo trabalho. Convido a ver o meu blog webart2011.blogspot.com sobre pintura e desenho e se poder divulgar agradeço.
ResponderEliminarCumprimentos
Francisco Santos