Se assim, me quedo, sou profunda convicção que as correntes são imutaveis e que as minhas mãos pequenas demais. Por isso, me aquieto e contento, e danço um bolero em sua honra. Ao vento, ao mar cinzento e à Terra quente de outrora.
Volto nas bocas do mundo enevoado, sacudo a queda molhada e bato-me à porta em silencio.
Do mais fundo da minha alma, que seja este dia o rasgo ardente de calmaria e a partida adiada, que sejam escadas, estradas luzentes e empedradas de agua nascente, que seja a desistência que gera a vida e me adormece para sempre. Que sejam viagens, que sejam vidas!
Do mais fundo de mim, céu e inferno, me aquieto crendo.
Do mais fundo da minha alma, me calo de palavras que desnorteadas, não diziam nada. E não aceito gestos agradecidos ou despedidos, que o que fica mora em mim e o que parte , passa.
Em criança, não me lembro do dia em que não tenha batido com a cara no chão, caida do meu baloiço de corda num chaparro, e tanto que me ria, sem rede, sem nada. Foi o que me fez assim. Por me lembrar ainda, mais que mil estradas, beijos e abraços de faces agora concavas e opacas.
Amizade são duas aguas que se unem na curva do monte, amar é remoinho e mar revolto que mais tarde se amansa só por ver a madrugada, amizade são papoilas que se plantam na estrada para dar cor ao coração, amar é não saber nada. Menina bem comportada,...
Aguardam-me três semanas de mim, de analises justificadas e provas por mim, por mais nada, que dantes mimada e precisada de um abraço, sou hoje gelada, comportada.
Viva a vida ensaiada e a tese demonstrada, vivam os palcos de luz e o silencio libertador.
Se o silencio se faz, os gestos são sopros de alma que não se escrevem em palavras, seriam sentidos nos passos, e no olhar que se cala.
Menina bem comportada!
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