sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Sinto falta de me encontrar, de agua, de mar e vento na cara, sinto saudade de me perder nas estradas desconhecidas que sempre foram dar a sitios mais bonitos. Sinto falta de não saber onde estou, de me atascar e não ver nada em volta. Sinto falta do Guincho e da Serra que à noite espreita a Atalaia, sinto saudades deste espaço que herdei, que sempre me fez andar, sem destino e sem companhia que ouça a mesma musica que eu ouço da vida.
Sinto falta de mim e, amanhã, ao romper do dia, vou-me perder numa estrada qualquer, vou levar os meus amigos e procurar o Tejo onde ele se esconde, vou descobrir uma foz calma e viva e desaguar as minhas mãos molhadas nas pedras do fundo, atascar os pés descalços e aguardar que chova.

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